ALECRIM
Médium Eliana Barbosa“Alecrim, alecrim dourado, que nasceu no campo sem ser semeado...”
Na verdade, o alecrim não tem nada de dourado, a música folclórica brasileira é uma adaptação de uma música pertencente ao folclore português, em cuja versão original, cantava-se “alecrim aos molhos...”, segundo a folclorista Oneyda Alvarenga, em “música popular brasileira”.
O mais provável alecrim da música é o Rosmarinus Officialis, muito comum no mar mediterrâneo, nasce em todos os lugares sem ser semeado, e que se adaptou muito bem nos climas tropicais, inclusive no Brasil. Traz consigo propriedades medicinais, já comprovadas cientificamente, como analgesia, anti-inflamatória, ansiolítica, protetora dos órgãos internos como baço, fígado e pâncreas e age muito bem no tratamento coadjuvante de artrose, artrite, reumatismo e fibromialgia.
Na Umbanda ela é usada na defumação, nos banhos de amaci e é a erva preferida dos Erês, não é à toa que é conhecida como a erva da alegria. Como tem propriedades ansiolíticas, age no tratamento da depressão leve, aumentando os níveis de serotonina e trazendo, de volta ao organismo, a alegria e a vontade de viver.
O alecrim age no plexo solar, ajudando o indivíduo a encontrar seu equilíbrio, trazendo-lhe boas energias e, consequentemente, afastando as influências negativas.
No dia-a-dia, pode ser usado em forma de óleos essenciais, pomadas, chás e tinturas.
Não podemos esquecer do nosso alecrim do campo, conhecido também como alecrim do mato ou vassourinha, que nasce em todo o país, principalmente no cerrado, possui praticamente todas as propriedades que o Rosmarinus possui, com algo a mais de especial. A pesquisadora Denise Leitão descobriu que o alecrim brasileiro, Baccharis Dracunculifolia, é eficaz nos tratamentos de gengivite, candidíase, cárie dentária, aftas e herpes. Além de ser a planta que ajuda as abelhas na produção da própolis verde. São 13 os tipos de própolis catalogados no Brasil, segundo estudo da Unicamp - e constatou-se que a própolis verde é a mais benéfica de todos os tipos.
É importante ressaltar que o alecrim usado internamente, em excesso, é tóxico, pode causar desde um mal-estar a processos inflamatórios, podendo levar, inclusive, à falência dos rins. Além de ser abortivo e aumentar o fluxo menstrual, pode provocar um processo hemorrágico.
Nota: pode-se beber o chá de alecrim, mas com moderação, afinal, tudo em excesso prejudica a saúde. O chá de alecrim deve ser feito com apenas uma colher de chá para uma xícara de água, até duas vezes ao dia!
Alecrim, uma das ervas de nossa Umbanda Sagrada. A erva dos Erês, a erva da alegria!