UM RECADO DO EXÚ GATO
Médium Ângela BarbosaO que importa saber quem sou?
Sei que o que pensas que sou está bem longe do que realmente sou.
Ando no lodo, nos esgotos, no fogo, ando onde há miséria, gritos de lamento e socorro.
Sou um andarilho errante.
Um espírito a caminho da evolução.
Cada alma resgatada, cada ser que nas trevas andava volta à luz.
Eu me alimento. Alimento-me de luz. De alegria. De uma boa risada.
Levo essa energia contagiante para os lugares mais sombrios e milhares de irmãos que nem sabiam mais o que e quem eram, nem tinham mais a essência de si mesmos, têm a oportunidade de receber fagulhas desta luz que emana de vossos corações.
Por isso, a concentração no terreiro de umbanda é vital para o médium e para mim, que sou o guardião e serei o condutor desta energia. Preciso canalizar, transformar as energias de baixo astral em perdão, em misericórdia. É por isso que muitos irmãos choram.
Jogo muita coisa nos colos das grandes mães: Iemanjá dissipa as mazelas com suas águas salgadas, carrega toda quizila que no corpo ficou; Oxum, com sua sensibilidade, traz harmonia e coloca tranquilidade no coração apertado. Peço para ela lavar com suas cachoeiras e energizar com suas águas, junto com seus frescores e com os lírios do campo.
O que foi? Pensou que eu iria falar palavrão? Bronquear?
Imagina, meus irmãos. Estamos todos em aprendizado.
Internalize isso: ninguém é melhor ou pior que o outro. Estamos em diferentes níveis de evolução e contamos com a misericórdia divina. Esta não falha. Pode esperar e, quando chegar a hora e meu pai Xangô autorizar, lá estarei como um soldado de Ogum a executar a ordem dada.
Salve todos os Orixás!
Exu Gato Preto.
Intuído pela médium Ângela Maria Barbosa.