UM RECADO DO EXÚ GATO

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O que importa saber quem sou?

Sei que o que pensas que sou está bem longe do que realmente sou.

Ando no lodo, nos esgotos, no fogo, ando onde há miséria, gritos de lamento e socorro.

Sou um andarilho errante.

Um espírito a caminho da evolução.

Cada alma resgatada, cada ser que nas trevas andava volta à luz.

Eu me alimento. Alimento-me de luz. De alegria. De uma boa risada.

Levo essa energia contagiante para os lugares mais sombrios e milhares de irmãos que nem sabiam mais o que e quem eram, nem tinham mais a essência de si mesmos, têm a oportunidade de receber fagulhas desta luz que emana de vossos corações.

Por isso, a concentração no terreiro de umbanda é vital para o médium e para mim, que sou o guardião e serei o condutor desta energia. Preciso canalizar, transformar as energias de baixo astral em perdão, em misericórdia. É por isso que muitos irmãos choram.

Jogo muita coisa nos colos das grandes mães: Iemanjá dissipa as mazelas com suas águas salgadas, carrega toda quizila que no corpo ficou; Oxum, com sua sensibilidade, traz harmonia e coloca tranquilidade no coração apertado. Peço para ela lavar com suas cachoeiras e energizar com suas águas, junto com seus frescores e com os lírios do campo.

O que foi? Pensou que eu iria falar palavrão? Bronquear?

Imagina, meus irmãos. Estamos todos em aprendizado.

Internalize isso: ninguém é melhor ou pior que o outro. Estamos em diferentes níveis de evolução e contamos com a misericórdia divina. Esta não falha. Pode esperar e, quando chegar a hora e meu pai Xangô autorizar, lá estarei como um soldado de Ogum a executar a ordem dada.

Salve todos os Orixás!

Exu Gato Preto.

 

Intuído pela médium Ângela Maria Barbosa.