OXALÁ, MEU PAI!

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Ao pesquisar sobre Oxalá, é possível encontrar no site “Wikipedia” uma alusão entre a palavra Oxalá e a expressão “insha Allah” proveniente do árabe, que pode ser definida como: “se Deus quiser”. Quão interessante é associarmos essa expressão ao sincretismo feito entre o Orixá Oxalá e Jesus Cristo. E, assim, percebemos que não foi em vão o fato de Jesus ter sido chamado de “O Consolador Prometido”.

Pelas passagens bíblicas conhecemos a história de Cristo e percebemos o quanto ele foi devoto das leis Divinas e entregou nas mãos do Pai Maior todos os seus passos, inclusive no momento de desenlace do corpo material.

Em Mateus 11,28-30 temos uma de suas famosas frases: “vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas, pois meu jugo é suave e meu fardo é leve”. 

Assim, vemos que, ao nos conectarmos com Jesus, estamos na verdade nos remetendo também a essa energia de confiança em Deus, onde as provas e expiações se tornam mais brandas e suaves. E aí, a associação entre Oxalá e O Messias fica muito mais clara, pois a energia desse orixá irradia exatamente esse sentimento: fé.

A fé que sustenta a serenidade e a perseverança. A certeza que abranda o coração e nos faz dar graça por tudo o que nos acontece. Os momentos de adversidade se tornam breves e leves, pois quando se tem confiança em uma energia maior que nos guia, o futuro abundante se torna certo. E, com isso, a alma se preenche de paz.

A fé que transporta montanhas e que traz para o espírito a certeza de que os tormentos são passageiros e, por isso, não se perde a quietude interior. A paz se desenvolve quando acreditamos em nós mesmo, quando confiamos que somos capazes de resolver e lidar com os dissabores que nos chegam. Então, nos momentos de desesperança é por esse Orixá que devemos buscar.

Cristo foi um grande pregador, talvez o melhor orador que já tenha discursado sobre a Terra. Ele foi e ainda é um líder. Por meio de suas parábolas, além de nos mostrar o caminho a ser seguido, ele irradia o sentimento que desperta nos homens a crença em algo maior. E, mais do que isso, ele disse que “somos a imagem e semelhança do criador”. Ou seja, esse algo maior que existe também está presente em nosso ser. Acreditar em Deus também é crer que somos capazes de coisas grandiosas.

Essa qualidade não se restringe ao campo religioso, afinal quando temos fé em nós mesmos todas as áreas de nossa vida se desenvolvem: profissional, financeira, amorosa, familiar. Não estamos nos referindo ao egocentrismo e ao egoísmo, mas, sim, em saber reconhecer nossas próprias qualidades e, com isso, sabermos nos posicionar e nos direcionar para aquilo que desejamos. Por isso se diz que Ele é o orixá maior, e que sustenta todos os demais. Para se receber as demais qualidades divinas é necessário que se veja como merecedor.

E quando se diz que fomos moldados no barro, nada mais justo do que considerarmos que somos seres passíveis de mudanças. Seres em constante remodelagem, onde as crenças se aprimoram com nosso caminhar espiritual.

No dia 25 de dezembro, o desencarne de Consolador pode ser “celebrado” como a “morte” de nossos velhos paradigmas, para que se dê lugar aos aprendizados que nos impulsionam para a verdade: que a vida é eterna e que todos somos provenientes do Cosmos!

Epa Baba, Oxalá!