QUEM NÃO PODE COM MANDINGA NÃO CARREGA PATUÁ

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O patuá é um objeto benzido que traz em si o axé, a força do Orixá, do santo católico ou guia de luz, por quem ele é consagrado. Sendo utilizado como um amuleto, é uma forma de proteção para ser carregado no dia-a-dia.

Não podemos dizer ao certo de onde e quando é sua origem, porém podemos encontrar semelhantes objetos nas diversas religiões e culturas que cercam nosso mundo.

Para os católicos, os terços e rosários possuem igual função. Há registros que até mesmos os cavaleiros, quando retornavam das cruzadas, traziam consigo em sacolas de pano, um pouco de areia da Terra Santa, para que sua viagem fosse abençoada.

Na umbanda, um patuá é utilizado para atrair boas energias e bons fluidos. Os guias, com sua sabedoria e suas preces, abençoam este objeto, a fim de renovar e reestruturar o ambiente ou a vida de quem leva consigo um patuá.

Existem muitas formas de se confeccionar um patuá. Na gira de Oxóssi, realizada pelo ACVE, via de regra, são utilizados grãos tidos como bons emanadores de energias, como lentilhas, feijão e café, bem como atraem fartura e prosperidade. Os grãos são envoltos por pequenas bolsas de pano ou de couro, sendo feitos de acordo com a necessidade apresentada.

Pode-se consagrar cada patuá para uma diferente entidade ou um diferente orixá, o que os difere são os grãos ou ervas que carregam dentro de si, mas independente do Orixá ou Guia relacionado, esse tipo de patuá carrega a energia de Oxóssi, pois é este orixá responsável pelos grãos e pela agricultura, de acordo com as lendas africanas.

Em conjunto com Oxum e outros Orixás, é responsável pela fartura, assim como Ossain é responsável pelas ervas que nos curam e alimentam.

Podemos, assim, compreender um pouco sobre este amuleto sagrado, que devem ser estimulados pela nossa fé e crença nos sagrados orixás, pois a magia sempre está na força do pensamento.

Quem não pode com mandinga não carrega patuá.

 

 

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