A Umbanda, por ser uma religião genuinamente brasileira, possui fortes influências africanas, por isso, é um culto Afro-brasileiro. Em virtude de suas raízes, termos ligados a dialetos africanos são usados no dia a dia umbandista.
Advindo de àse, termo da língua yorubá (africana) que significa energia, poder, força e realização, a palavra axé pode ser um grande exemplo de expressão que foi “abrasileirada” dentro dos terreiros e foi transferida à população brasileira como um todo.
Tradicionalmente, axé pode ser utilizada para se referir às forças de entidades e dos orixás, significando “força das pedras, das árvores, do fogo, da terra e das águas”. Dentro dos terreiros, o axé dos orixás pode ser percebido em seus assentamentos e no congá, ou até mesmo na força energética da casa vibrando em sua linha.
Como saudação, axé é uma expressão utilizada para exprimir votos de felicidades e boas energias.
As entidades de uma casa possuem o seu axé de acordo com sua linha de trabalho.
O axé emanado por cada casa e entidade pode trazer trocas energéticas maravilhosas, possibilitando o despertar dos chakras de cada um e, consequentemente, uma melhor forma de realizar as tarefas da vida com mais disposição.
Em uma casa de Umbanda ou Candomblé, além do respeito, todos devem estar abertos a receber o axé que o terreiro irá oferecer para sua vida.
A Umbanda tem, entre outras formas de movimentação energética, as palmas, as vozes e as danças, enfim, a musicalidade. A participação de cada um pode mudar todo o axé de uma gira.
Para que alguém possa receber o axé da casa, deve estar liberto de energias externas ao ritual e aberto a doar. Gastar energia dentro de uma casa de Umbanda trará sempre uma troca. E, como todos dizem, uma gira é boa quando se sai cansado e, no dia seguinte, o despertar é revigorado.
Ao chegar no terreiro, liberte-se de tudo que não possa lhe ajudar, receba todo o axé da casa, bata palmas, cante o que souber cantar e dance quando quiser dançar.
AXÉ para todos nós!