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A ESPIRITUALIDADE E A GRAVIDEZ

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Para algumas mulheres, a gravidez é uma fase única da vida e muito esperada, mas as dúvidas que são geradas quando conciliamos uma gestação com o trabalho espiritual são diversas.

Com a gravidez, a mulher torna-se mais sensível emocionalmente e consequentemente amplia suas capacidades intuitivas e emocionais, favorecendo o exercício da mediunidade nesse campo. A maternidade traz, em si, uma visão diferenciada do mundo físico e consequentemente do espiritual, fazendo com que nos apeguemos cada vez mais em nossa fé, por nós e pelo ser de luz que carregamos em nosso ventre, acreditando que tudo que ocorrerá em nossas vidas será com um propósito de nosso Pai Maior.

Tornamo-nos uma porta de abertura para o espírito iluminado que está reencarnando na Terra naquele momento, possuindo a fé de estarmos rodeadas de bons espíritos para nos ajudarem nessa caminhada física e energética, sempre de uma forma positiva, possuindo, dessa forma, uma inabalável confiança e fé em nossos guias espirituais. Durante essa fase nova, a incorporação é suspensa aos poucos e a manifestação dos espíritos dá-se mais pela irradiação energética.

Não é porque não ocorre o ato de incorporar que você foi “abandonada” por seus guias, como muitas pensam. Apenas ocorre uma mudança para que você e o bebê estejam seguros e bem, de forma que não ocorra também nenhuma confusão ou perturbação no processo de reencarnação do espírito.

Tendo em vista a necessidade de tranquilidade e descanso, é aconselhado que as gestantes não se submetam a atividades que exijam grandes perdas de energia de qualquer natureza. As condições especiais de uma gestação alteram o estado de sensibilidade do organismo e, por algum motivo especial, o estado psíquico geral da mulher. Seguindo as orientações do dirigente de cada casa, os trabalhos podem ser mantidos, desde que não haja desconforto para a médium e nenhum problema para a corrente da qual faz parte.

A justaposição dos dois perispíritos ou a simples ligação entre eles ativará centros de forças na mãe, os quais a capacitarão a uma maior sensibilidade mediúnica. Àquelas que exercem a mediunidade com mais segurança, a gravidez tenderá a aperfeiçoar sua faculdade durante aquele período. Nem sempre a gestante sente-se segura para o exercício da mediunidade ostensiva, em razão de sua maior sensibilidade e do foco maior de atenção ao seu filho e ao seu estado. Quando se sentir menos segura, é mais adequado suspender temporariamente os exercícios de atividades mediúnicas mais ostensivas, principalmente o trato com espíritos mais agressivos e doentes. Após o nascimento do bebê, pode retornar às atividades mediúnicas normalmente.

“(...) A gravidez não é apenas uma predisposição e interação orgânica, mas uma interação perispiritual. Além da ligação orgânica entre mãe e filho, há uma ligação de natureza energética entre um períspirito e outro, que promoverá alterações significativas no modo de pensar e sentir de ambos. O fato de tornar-se mãe, as alterações nas respostas culturais do meio à ela, que adota um trato especial, além dos complexos ativados pela conexão entre mãe e filho, são circunstâncias que promovem alterações no campo psíquico da mulher.

Durante a gestação, não se tem ideia precisa do estado do reencarnante, nem se ele está dentro ou fora do corpo em formação, muito embora sempre permaneça ligado fluidicamente a ele. Creio que, quanto mais próximo ao corpo físico da mãe, mais sofrerá as influências que ela suportará no exercício da mediunidade ostensiva. (...)”.

Após o nascimento do bebê, o retorno aos trabalhos mediúnicos vem gradativamente e a energia envolvida geralmente se mostra muito mais forte do que anteriormente. A sensibilidade e intuição ainda aguçadas podem viabilizar a manifestação de formas de mediunidade, como a vidência, cura, psicofonia, dentre outras, podendo, dessa forma, provocar uma grande mudança nas formas de trabalho. Toda mudança feita com amor é uma rosa que desabrocha interiormente.