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O Senhor falou para Moisés, dizendo: “Pega aromas de primeira qualidade: cinco quilos de mirra virgem, dois quilos e meio de cinamomo aromático, dois quilos e meio de cana aromática, cinco quilos de cássia, segundo o peso do santuário, e nove litros de azeite de oliva. Farás disto um óleo para a unção sagrada, uma mistura de especiarias preparada segundo a arte da perfumaria”.     (Êxodo 30, 22:25)

O termo aromaterapia foi usado pela primeira vez pelo engenheiro químico francês René-Maurice Gattefossé, seu livro é considerado a pedra fundamental dessa ciência, nascida nas primeiras décadas do século passado, tendo pouco mais de 75 anos. Uma técnica nova, que envolve a utilização de óleos essenciais, com o objetivo de equilibrar mente, corpo e espírito, mas também uma arte terapêutica milenar. Suas raízes ancestrais lhe conferem credibilidade para ser amplamente aplicada, pois as substâncias vegetais utilizadas são conhecidas e empregadas há milênios pela humanidade, por hindus, árabes, babilônios, hebreus, persas, chineses, mesopotâmios, gregos e romanos, na forma de unguentos, defumações, águas aromáticas, incensos, óleos, preparados de ervas utilizados na vida cotidiana, nos rituais, nas curas, nas limpezas etc.

Ela se dividiu em dois sistemas: a aromaterapia inglesa, que se fixou mais no emprego dos óleos essenciais em massagem, inalações ou tratamentos estéticos, e a aromaterapia francesa (ou aromatologia) que além destas abordagens abrange o emprego clínico dos óleos essenciais e seu uso como fitoterápico (por via oral, inclusive). É considerada uma prática da medicina complementar, pois os óleos essenciais, conhecidos como a alma do vegetal, encontrados em pequenas bolsas (glândulas secretoras) existentes na superfície de folhas, flores ou no interior de talos, cascas e raízes, são carregados de princípios ativos, eletromagnetismo e frequências específicas que atuam de forma terapêutica e ampla no corpo humano, funcionando muito bem como antibióticos naturais, regeneradores da pele em feridas e queimaduras, como repelentes de insetos, em enxaqueca e dores localizadas, como anti-inflamatórios poderosos, sedativos do sistema nervoso em casos de insônia ou hiperatividade, depressão e ansiedade. Atuam de forma especial na área emocional do cérebro, podendo ser ferramentas úteis dentro da psicologia e da psiquiatria em conjunto com os tratamentos tradicionais, na recuperação de pacientes com distúrbios psíquicos.

Essa valiosa prática curativa tem no olfato a via expressa de comunicação com os planos sutil e denso e se liga diretamente com o emocional que, em desequilíbrio, é causa de muitas doenças físicas e atrativo de vibrações deletérias.

Diante disso, fica fácil entender como a espiritualidade usa desse recurso natural nos trabalhos que desenvolve, em especial na Umbanda, que tem na natureza sua fonte primária de recursos magísticos. Quando os caboclos trazem as folhas da jurema, e os pretos-velhos arruda, guiné, benjoim, alecrim, alfazema... nos passes e consultas, espargindo, defumando ou solicitando a inalação de seus “cheirosos”, saiba que essas entidades estão, nesses momentos, extraindo da essência vegetal seu maior poder para harmonizar, equilibrar e curar os campos físico, etéreo e emocional de seus filhos, proporcionando o cuidado naquilo que necessitam, atuando na essência, na alma. Estejamos abertos para receber!